O ano em que o Brasil não foi o país do futebol

Gabriel Medina trouxe um título inédito para o Brasil (foto: globoesporte)

O ano de 2014 tinha tudo para ser um dos melhores anos para o futebol brasileiro. O país sediou uma grande Copa do Mundo e era favorita, ainda mais depois da Copa das Confederações. Mas não foi nada disso que aconteceu. A seleção passou pelo maior vexame da história sendo goleado por 7 a 1 no Mineirão, o que fez as pessoas esquecerem a final da Copa de 1950. Não foi apenas a seleção que sofreu, o campeonato brasileiro teve um baixo nível técnico e foram poucos times que mostraram um futebol convincente. Logo, podemos deduzir que 2014 não foi o ano do futebol. Mas o país foi muito bem representado em outras modalidades e vamos te provar isso.

Começando pela principal conquista do país no ano, o título mundial de surf pelo jovem Gabriel Medina. O surfista tem apenas 21 anos e venceu lendas do esporte como Kelly Slatter e Mick Finning. O jovem tem muito potencial para vencer mais títulos. O povo brasileiro o abraçou, principalmente na etapa final, que aconteceu no Hawai, e virou o novo ídolo do Brasil.

O país também brilhou em outro esporte radical. Pedro Barros, skatista brasileiro, também brilhou em sua modalidade. Nesse ano, venceu uma das etapas do X-Games, em Austin. Porém, não foi só nesse ano que o brasileiro de 19 anos despontou para o mundo. Ele já é tetracampeão mundial na categoria skate bowl e já conquistou quatro medalhas de ouro no X-Games, além de duas pratas e um bronze. Já é considerado o sucessor de outra lenda, Bob Burnquist.

Esse esporte já era destaque no cenário mundial, mas em 2014, a natação se consolidou como verdadeira força esportiva. Foi o melhor ano do esporte aquático em toda história. No mundial de natação de piscina curta, em Doha, o país acabou o torneio como líder no quadro de medalhas com o total de 10 medalhas, sendo sete de ouro. Destaques para César Cielo, que liderou a equipe brasileira na prova de 4×100 medley, e Etiene Medeiros, que foi a primeira brasileira a ganhar uma medalha em mundiais. Após a polêmica do dopping, é uma ótima maneira de mostrar que o esporte é forte no país.

Se no mundial de basquete o país não conseguiu bater a seleção da Rússia e talvez enfrentar os Estados Unidos e França, pelo menos conquistou um título inédito com um jogador, Tiago Splitter. O brasileiro é jogador do San Antonio Spurs e foi o primeiro atleta brasileiro a vencer a NBA. O pivô tinha batida na trave no ano passado, quando chegou a final mas perdeu do Miami Heat numa parcial de 4 a 3, em uma final disputada em sete jogos. É um grande feito para os atletas brasileiros, que ganharão mais espaço na principal Liga de basquete do mundo. Outros jogadores também são protagonista em outros clubes. Varejão, do Cleveland Cavaliers, é ídolo por lá e joga ao lado do astro Lebron James. Huertas, armador da seleção, é um dos principais jogadores do Barcelona, e sempre disputa títulos na liga espanhola.

No tênis, o destaque foi Bruno Soares que foi campeão do US Open mais uma vez. O brasileiro joga na categoria dupla mista com Sania Mirza, que é indiana, e foi bicampeão nessa categoria, em 2012 e em 2014. Não é o melhor brasileiro no ranking, ele é o décimo, está atrás de Marcelo Melo, que é terceiro.

Fica difícil destacar o segundo esporte mais praticado no país, o vôlei, porque a Confederação está passando por péssimos momentos. Denuncias de corrupção foram feitas pelo jornalista Lúcio de Castro, da ESPN, e a imagem de jogadores e do esporte está sendo estragada pelo mundo.

Esses só são alguns exemplos de como o país também se destaque em outras modalidades e não apenas o futebol. Pelo contrário, o esporte mais praticado no país passou o maior vexame da história. Isso abre portas para que os outros esportes ganhem espaço na mídia e fique mais popular entre o povo. Se você souber outros exemplos, escreva no comentário.

Colombia vence a Costa do Marfim e encaminha a vaga

Armero puxa a dancinha da comemoração

Na abertura da segunda rodada do grupo C, a Colombia enfrentou e a Costa do Marfim no estádio Mané Garrincha, em Brasilia. Os colombianos venceram por 2 a 1, gols de James Rodrigues e Juan Quintero; no lado da Costa do Marfim, quem marcou foi Gervinho. Com essa vitória, a Colombia encaminha a vaga para as oitavas de final, só precisa de um empate no próximo jogo. A Costa do Marfim precisa vencer o próximo jogo contra a Grécia. Mais informações e detalhes do jogo abaixo.

As duas seleções, na minha opinião, não começaram com força máxima em campo. Drogba começou no banco no lado marfinense, e Guarín no lado colombiano. Os sul-americanos começaram melhor o jogo, apostando em ataques rápido. A primeira chance saiu aos cinco minutos, quando Cuadrado deu bom passe para Gutierrez que chutou mascado para o gol. A Costa do Marfim não saída com velocidade e tinha muita dificuldade de penetrar na área adversária. A chegada só foi possível em chutes de longa distância. Aos 20 minutos, Tioté chutou e assustou o goleirão. A resposta veio rápida, mas uma vez com Gutierrez e dessa vez ficou livre na cara do gol, mas o atacante pegou de tornozelo e foi para fora. OS únicos bons momentos da Costa do Marfim foram com jogadas individuais de Yaya Touré, mas o meia tinha dificuldade de achar companheiros desmarcados. Os dois times não conseguiram criar mais no final do primeiro tempo.

A segunda etapa foi muito mais movimentado. Os colombianos entraram bem mais motivados. Fazendo bastante jogadas individuais e com habilidade. Aos 14 minutos, a melhor chance do jogo. Cuadrado fez boa jogada pela direita, e quase sem ângulo chutou no travessão. Vendo essa situação, Drogba entrou em campo para colocar os africanos de volta ao jogo. Mas aos 18 minutos, Cuadrado bateu escanteio e James Rodrigues cabeceou forte para o gol, 1 a 0. Seis minutos depois, erro na saída de bola da Costa do Marfim e Gutierrez tocou para Quintero, escolher o canto, e mandar para o fundo da rede, 2 a 0. Mas os marfinenses não estavam mortos. Aos 28 minutos, Gervinho fez uma bela jogada pela esquerda e chutou no cantinho para descontar o placar. O jogo ficou mais aberto. A Colombia teve uma ótima chance de ampliar no contra ataque, mas no momento de colocar o companheiro na cara do gol, Quintero chutou do meio campo e quase pegou o goleiro desprevenido. A Costa do Marfim tentava chegar, mas só Yaya Touré não conseguia criar sozinho no meio campo. O jogo acabou 2 a 1 para a Colombia que praticamente assegura a vaga na próxima fase.

A última rodada desse grupo acontece na semana que vem. Colombia enfrenta o Japão e a Costa do Marfim pega a Grécia. Última rodada do grupo promete ser emocionante.

Chile atropela a Espanha e atuais campeões são eliminados

Vargas celebra um dos gols que eliminou a Espanha (foto:globoesporte)

As copas do mundo do século XXI está apresentando uma característica crucial: todos campeões do mundo jogam mal na copa seguinte. França foi campeã em 1998 e eliminada na primeira fase em 2002; Brasil venceu em 2002 e foi mal e caiu nas quartas em 2006; Itália campeã em 2006 e cai na fase de grupos em 2010. Agora foi a vez da Espanha. O Chile venceu por 2 a 0 no Maracanã com gols de Vargas e Aránguiz. Espanha está matematicamente eliminada e só cumpri tabela na próxima rodada.

Antes do jogo começar, quase cem torcedores do Chile invadiram a sala de imprensa do Maracanã. Detalhe maior: todos estavam sem ingresso. Quebraram paredes e atrapalharam o trabalho de vários jornalistas. Oitenta e cinco pessoas foram para a delegacia de policia.

Agora falando de futebol. Um time que sofreu uma sonora goleada na rodada passada, imagina-se que irá entrar espumando de raiva para vingar a derrota e melhorar sua condição no grupo. Mas foi totalmente ao contrário. O Chile começou com tudo e apertando a saída de bola espanhola. Logo no primeiro minuto, Vargas recebeu na área e Xabi Alonso tirou a tempo. Escanteio aos dois minutos e cabeceio que tirou tinta da trave de Jara. Depois desses sustos, a Espanha tentou controlar o jogo com posse de bola. Mas as atuações individuais estavam péssimas. Iniesta não conseguia controlar a bola, Diego Costa jogando em outro planeta, David Silva pouco participativo. O Chile só esperou para atacar na hora certa. A hora foi aos 19 minutos. Belo contra ataque puxado por Sanchez, que tocou para Vargas limpar Casillas e empurrar para rede, 1 a 0. A Espanha não conseguia criar chances claras de gol. Diego Costa recebia, mas não chutava ao gol; era um time muito parecido com o da Euro 2012, que só queria marcar gols de dentro da pequena área. Com essa instabilidade espanhola, o Chile partiu pra cima. Sanchez recebeu boa bola na entrada da área e sofreu falta. Ele mesmo cobrou e Casillas rebateu, a bola sobrou para Aránguiz chutar de trivela a ampliar, 2 a 0.

No segundo tempo, o técnico Vicente Del Bosque colocou Koke no lugar de Xabi Alonso. A alteração pouco efeito fez. O time controlava a posse, mas com pouca criatividade. Era incrível como Diego Costa se sentia perdido em campo. O Chile foi no mesmo ritmo. Jogando nos contra ataques e sabendo dar o bote na hora certa. A principal chance da Fúria foi com Busquets, após um cruzamento de bicicleta, o volante completou para fora. No final do jogo, deu tempo de Valdivia entrar e ajudar ainda mais segurar o jogo. Outro destaque é Vidal, que estava machucado, era duvida, e jogou muito bem e só saiu no finalzinho do jogo.

Com esse resultado a Espanha assisti a fase final da Copa em casa. A próxima rodada irá definir o líder do grupo. Holanda e Chile se enfrentam na Arena Corinthians. Foi a primeira vez que o Chile vence a seleção espanhola em copas do mundo.

Holanda vence a Austrália em jogo de viradas

Alegria de um lado, tristeza do outro. Países vivem situações opostas

O time sensação da primeira rodada, a Holanda, voltou a campo e enfrentou a Austrália, a candidata a saco de pancada do grupo. Foi mais difícil que o imaginada, mas a laranja mecânica venceu por 3 a 2 de virada. Um detalhe muito importante é que a Holanda nunca tinha vencido os australianos. Com essa vitória, os holandeses praticamente asseguram a vaga para as oitavas de final. A Austrália está fora, mas garanto que esse time se classificaria se estivesse numa chave com menos potências, como o grupo C, E e H.

O jogo começou com uma expectativa muito alta, já que os holandeses golearam a Espanha por 5 a 1 na primeira rodada da copa. Só que os australianos dificultaram a vida da zaga holandesa. Cahill puxava a marcação pressão e a saída de bola ficava muito prejudicada. Van Persie não estava inspirada e a responsabilidade no ataque passou a ser de Robben. O camisa 11 não decepcionou e uma bela arrancada, aos 19 minutos, bateu na saída do goleiro e abriu o placar. Mas todo o time holandês foi ofuscado um minuto depois. Cahill tirou um grande coelho da cartola.  O atacante recebeu lançamento e acertou um belo chute e empatou o jogo, 1 a 1. Candidato a gol mais bonito da copa. As coisas poderiam ter ficado piores para a Holanda se Bresciano acertasse o gol. O camisa 23 recebeu bela bola, e livre na entrada da área, bateu por cima. Outro lance que tirou o protagonismo da Holanda, foi no momento que Bruno Martins Indi dividiu com Cahill e caiu desacordado. O jogador saiu de campo todo imobilizado e Depay entrou no lugar dele. Não se esqueçam desse nome.

No segundo tempo, o técnico australiano mudou no time, porque estava vendo as chances de eliminação chegarem. Colocou Bozanic no lugar de Bresciano. A alteração deu certo e logo no início de bola rolando conseguiu um pênalti quando Bozanic cruzou e a bola bateu no braço de Janmaat. Jedinal cobrou e colocou o time da terra do canguru na frente. Nessa situação, os protagonistas holandeses entraram em ação. Bela triangulação entre Sneijder, Depay e Van Persie, e o camisa 9 saiu na cara do gol e encheu o pé para empatar o jogo. Sneijder tentou fazer o dele em um chute de longa distância, mas o goleiro australiano fez boa defesa. Mas a Austrália não estava morta em campo. Teve a chance de ficar mais uma vez na frente do placar. Bozanic estava livre na área, poderia ter chutado, mas cruzou para Leckie, que tentou de peito marcar o gol e parou na defesa do goleiro. A bola pune; e nesse caso foi logo em seguida. Depay acertou um chutasso do meio da rua e o goleiro Ryan aceitou, virada laranja. Depois do terceiro gol, os australianos pararam de chegar ao ataque e Robben e De Jong começaram a arriscar mais para o gol, mas a pontaria não estava afiada.

Fim de papo, 3 a 2, um belo jogo e ingresso muito bem pago para quem foi ao Beira Rio, que teve a presença da realeza da Holanda.

Na próxima rodada, a Holanda enfrentará o Chile, mas terá a ausência de Robin Van Persie. Jogo pode definir a liderança do grupo. A Austrália está fora, mas mostrou um futebol que poderia garantir vaga se tivesse em um grupo mais equilibrado.

Brasil não brilha e só empata com o México

Brasil é parado por Ochoa, que foi o melhor homem em campo (foto:estádio vip)

Na abertura da segunda rodada dessa Copa do Mundo, a seleção brasileira foi até Fortaleza enfrentar o México. Não foi uma partida brilhante e empatou sem gols com os latino americanos. Antes do jogo, havia dados e informações que rodavam na imprensa. Primeiro, a ausência de Hulk e a grande dúvida de quem assumiria a posição. O técnico Felipão escalou Ramires, que não jogou bem. Segundo, esse era o jogo de número 50 de Felipão no comando da amarelinha. Terceiro, o México é um dos adversários mais duros dos últimos anos para a seleção, o que se confirmou. Mais informação sobre a partida abaixo.

A seleção mais uma vez passou por aquele ritual antes de começar o jogo. Jogadores entrando com as mãos no ombro do companheiro da frente e hino nacional sendo cantado a capela. Quando a bola rolou, o time começou melhor na parte psicológica, mas cometendo alguns errinhos do jogo passado. Paulinho errando muitos passes e muita distância entre o jogadores, forçando a jogada área. Mas diferente do outro jogo, o Brasil acertou nas jogadas pelo alto porque Fred estava um pouco mais participativo, mas um pouquinho só. A primeiro boa chance foi quando Neymar cabeceou como o figurino manda, mas Ochoa fez ótima defesa. O México foi para cima do Brasil, já que os comandados de Felipão não criavam muito. Todas as chances mexicanas foram em tiros de média e longa distância. A primeiro com um belo chute de Herrera e acabou com uma boa defesa de Julio César, mas o juiz marcou tiro de meta. Enquanto o Brasil sofria na saída de bola, os mexicanos arriscavam mais, dessa vez aos 41 minutos com Vázquez, bola fora. Se não havia criatividade com a bola rolando, então a solução foi a bola parada. Bola levantada e Thiago Silva desviou com peito para deixar David Luiz na cara do gol, mas Ochoa fez outra boa defesa. Fim de primeiro tempo com uma grande certeza, o time precisa de alterações.

Na volta do segundo tempo, Felipão veio com Bernard no lugar de Ramires, que estava amarelado e não jogou bem. A primeira impressão foi ótima, logo no primeiro lance, Bernard recebeu bom lançamento e cruzou para Neymar completar para o gol, mas o zagueiro chegou antes e mandou a redonda para escanteio. Mas a primeira impressão não foi a que ficou, e o México tomou o controle do meio de campo. Por sorte, o camisa 10 mexicano, Giovanni dos Santos, passava por um jogo onde a inspiração era zero e não colocava boas bolas para Peralta marcar, então a solução era os chutes de longe. Herrera e Vázquez arriscavam de longe, e todas as vezes perto da trave de Julio César. Felipão mexeu mais uma vez. Colocou Jô no lugar de Fred. Alteração fez efeito e o Brasil passou a jogar pra cima dos mexicanos. Jô era mais participativo e teve boa chance de marcar, mas o atacante do galo não olhou para o gol e chutou para fora. A principal chance do jogo foi com Thiago Silva, que recebeu cruzamento de Neymar, cabeceou forte e Ochoa defendeu. Mas minutos antes, o capitão brasileiro levou cartão amarelo por parar Chicharito na entrada da área. Falta era necessária.

O jogo acabou 0 a 0, resultado muito comemorado pelos mexicanos e lamentado pelos brasileiro, que já poderiam ter garantido vaga para as oitavas hoje mesmo.

De qualquer maneira, o Brasil precisa vencer o próximo jogo contra Camarões no dia 23 de junho em Brasilia. Vamos aguardar o próximo jogo da rodada que será entre Croácia e Camarões. Será muito interessante se os croatas venceram, porque o último jogo da chave será uma final de campeonato para México e Croácia.

Estados Unidos bate a seleção de gana no finalzinho

Brook garante vitória e vinga os EUA diante de Gana

A Arena das Dunas recebeu a partida entre Estados Unidos e Gana. Os americanos, surpreendendo muita gente, venceu os africanos por 2 a 1 e de cara marcaram o gol mais rápido da Copa do Mundo. O gol saiu com 28 segundos. Não foi o suficiente para bater o recorde que é de onze segundos, gol da Turquia em 2002. Essa vitória colocou os Estados Unidos na liderança do grupo junto com a Alemanha. Informações e comentários sobre o jogo abaixo.

A partida começou com tudo. Logo no primeiro minuto, o capitão dos Estados Unidos, Dempsey, marcou um belo gol. Recebeu a bola e com um belo domínio limpou o primeiro marcador, escapou de outro e bateu na saída do goleiro e abrir o placar, 1 a 0. Com esse gol, Dempsey se torna o primeiro jogador norte americano a marcar em três copas (06, 10, 14). Os Estados Unidos não pararam de atacar e continuaram a criar boas chances de gol com Altidore. Aos seis minutos, o atacante desviou bola de cabeça e passou perto da trave. Aos 17 minutos, recebeu na cara do gol, mas foi travado no momento da finalização. Infelizmente, Altidore em um arrancada sentiu uma lesão muscular e teve que ser substituído. Depois da ausência do atacante, poucas chances foram criadas , mas os americanos mantiveram o controle da partida.

O segundo tempo foi diferente. O técnico ganes James Appiah armou a equipe mais ofensiva e colocou suas melhores peças em campo. Kevin Prince Boateng e Essien entraram em campo e deram mais força no ataque e qualidade no passe. A primeira boa chance saiu aos dez minutos em um chute de média distância de Muntari, passou perto da trave de Howard. Logo em seguida, o atacante Gyan tentou marcar de cabeça e o goleirão americano fez excelente defesa. Assamoah também tentou marcar em um bom chute, mas parou mais uma vez no goleiro. O gol finalmente saiu aos 37 minutos, quando Gyan deu belo passe de calcanhar para Ayew, que chutou de três dedos e empatou o jogo; 1 a 1. Os americanos, que ficaram na retranca o segundo tempo inteiro, conseguiram um escanteio dois minutos depois de sofrer o gol. Foi nesse momento que a eficiência entrou em ação. Bola alta na área de Gana e John Brook desviou de cabeça para o gol; 2 a 1 e banho de água fria nos africanos. Gana até tentou, mas não conseguiu empatar de novo. Fim de papo na cidade de Natal.

Essa vitória foi um alivio para os norte americanos, porque nas últimas duas copas Gana havia vencido eles por duas vezes e ambas por 2 a 1. Vingança feita. Na próxima rodada do grupo, Gana joga contra a Alemanha em Fortaleza no próximo sábado. Os Estados Unidos jogarão contra Portugal no domingo, em Manaus.

Alemanha vence Portugal sem dificuldade

Müller comanda a vitória alemã sobre Portugal

Uma das favoritas a vencer a Copa do Mundo no Brasil, a Alemanha estreou muito bem e venceu a seleção de Portugal por 4 a 0 com destaque para Müller, que marcou três gols e é o artilheiro do torneio. A turma de Cristiano Ronaldo teve uma tarde infeliz e não atuou bem. Ainda que o craque do Real Madrid não estivesse 100%, o camisa 7 se esforçou, correu e foi um dos poucos que tiveram atuação convincente. Pepe foi expulso ainda no primeiro tempo e Coentrão saiu lesionado. Os comentários e informações do jogo abaixo.

A partida começou com uma ótima notícia para os jogadores e torcedores alemães. O ex-piloto da fórmula 1, Michael Schumacher saiu do estado de coma e foi transferido para outro hospital na Suíça. Mesmo com essa informação, quem começou melhor foram os lusos. Marcando pressão e com um maior domínio da posse de bola. A primeira chance foi com Cristiano Ronaldo, que recebeu pela esquerda, chutou cruzado e parou em Neuer. A resposta alemã foi rápida, dois minutos depois, o goleiro Rui Patricio saiu jogando mal e Khedira chutou de longe e a bola saiu tirando tinta da trave. Aos 11 minutos, aconteceu o lance que mudou o jogo. Götze recebeu na grande área e sofreu contato de João Pereira, o árbitro marcou pênalti, que foi duvidoso. Müller foi para a cobrança e marcou, 1 a 0. Os portugueses sentiram o gol. Cristiano já não conseguia criar nada pela esquerda, Moutinho apagado e Nani abaixo da expectativa. A Alemanha foi crescendo no jogo e cercando cada vez mais. Quase ampliou com Götze, mas após passe de Özil, o camisa 19 chutou para após ser prensado. Aos 32 minutos, Kroos bateu escanteio na cabeça de Hummels, cabeceou firme e ampliou; 2 a 0. O placar não ajudava e o Pepe fez questão de dificultar mais ainda. O zagueiro fez falta no camisa 13 alemão e deu uma cabeçada no atacante, e foi expulso. Com um a mais, o terceiro gol saiu rapidamente. Em um erro de Bruno Alves e Rui Patricio, Müller fez mais um no final do primeiro tempo.

A Alemanha puxou o freio de mão no segundo tempo e se poupou, já que a vitória estava na mão. O técnico Löw testou alguns jogadores como o Schurrle e Podolski. A seleção portuguesa saiu no prejuízo. Coentrão saiu lesionado e aparentemente preocupa a comissão técnica lusa. A jogadas de gol saíram a partir dos 22 minutos. Schurrle deu bom passe para Götze e o jogador do Bayern mais uma vez foi atrapalhado pela defesa. Aos 33 minutos, o gol que fechou o jogo. Schurrle recebeu pela direita e cruzou rasteiro, o goleiro português bateu roupa e a bola sobrou para Müller empurrar para o gol; 4 a 0. Portugal ainda quase marcou com Cristiano Ronaldo numa cobrança de falta.Batida forte e Neuer mandou para escanteio. Partida encerrada e bela estréia alemã em Salvador.

Ainda hoje, Gana e Estados Unidos completam a rodada do grupo G. Alemanha lidera o grupo e goleira na primeira rodada igual a 2010. Portugal tem sua pior estréia em copa do mundo e tem que vencer as duas partidas para se classificar para as oitavas de final.

Holanda humilha a Espanha e se vinga da final

Robben se vinga de Casillas e faz dois gols (foto:ESPN)

Nunca que uma atual campeã perdeu por uma diferença tão grande de gols numa estréia de Copa do Mundo. A Holanda fez história goleando a Espanha, atual campeã, por 5 a 1, em Salvador. Um verdadeiro chocolate. Os gols foram marcados por Van Persie (2), Robben (2) e Vrij. Xabi Alonso marcou de pênalti para a Espanha. Um resultado que coloca muita pressão para a Fúria e não pode mais pensar um perder pontos na primeira fase, se não pode ter o mesmo destino que a França em 2002.

O técnico Vicente Del Bosque não teve medo de colocar um camisa 9 em campo. Diego Costa foi como titular e recebeu muitas vaias dos brasileiros que estavam presentes na Fonte Nova. Início de jogo pouco previsível, com a Espanha dominando a posse de bola e a Holanda retrancada e buscando os contra ataques. Porém, a primeira oportunidade de gol foi da laranja mecânica. Sneijder recebeu belo passe e saiu na cara do gol. O camisa 10 chutou e Casillas defendeu. A resposta dos atuais campeões foi com Diego Costa, quando recebeu bom passe de Iniesta. O atacante dominou, mas perdeu a passada e não conseguiu finalizar para o gol. Com um domínio maior no jogo, a Espanha chegou ao gol com uma pequena ajuda da arbitragem. Diego Costa recebeu e cortou o zagueiro, que não o tocou, e cavou o pênalti. O juiz foi enganado e marcou a penalidade. Xabi Alonso foi para a cobrança e abriu o placar, 1 a 0. A Holanda não se defendia bem e deixava muito espaço para os meias penetrarem; e foi numa dessas penetrações que a Espanha teve a chance de ampliar o placar. Iniesta achou David Silva, que ficou na cara do gol, mas tentou uma cavadinha e o goleiro Cillesen mandou para escanteio. A displicência que Silva teve não foi a mesma de Van Persie. Em um belo ataque, aos 44 minutos, Blind lançou o camisa 9, que cabeceou e encobriu o goleiro Casillas, marcando o primeiro golaço da Copa do Mundo, 1 a 1.

O gol no final do primeiro tempo deu moral para a laranja mecânica. Voltou marcando mais forte e mais ousado ofensivamente. Aos oito minutos, Blind fez outro ótimo lançamento, dessa vez para Robben, que recebeu e limpou a zaga para mandar para o fundo da rede e virar o jogo, 2 a 1. A Espanha sentiu o golpe. Não controlou mais a posse de bola e começou a vacilar na defesa; e em um vacilo da defesa que saiu o terceiro gol. Blind sofreu falta na lateral do campo. Sneijder levantou a bola na segunda trave, Casillas caçou borboleta, Piqué e Ramos não afastaram e Vrij cabeceou para o gol, 3 a 1. A partir daí só deu Holanda no jogo. Com o psicológico abalado, a defesa espanhola entregou o quarto gol. Em um recuo para Casillas, o goleiro dominou mal e Van Persie roubou a bola e empurrar para o gol vazio. Quando a humilhação já estava grande, Robben tratou de aumentar. Em uma bela arrancada, o camisa 11 limpou o goleiro e sacramentou a goleada, 5 a 1.

A Holanda lidera o grupo B com três pontos e saldo de quatro gols positivos. A Espanha é a lanterna. Na próxima rodada, os espanhóis enfrentarão o Chile no Maracanã. A Holanda viaja até o Rio Grande do Sul para jogar contra a Austrália.

Arbitragem dificulta, mas México vence Camarões

Peralta faz seu décimo gol em onze jogos pela seleção

No complemento da primeira rodada do grupo A da copa do mundo, o México venceu por 1 a 0 a seleção de Camarões na Arena das Dunas, em Natal. A arbitragem foi muito mal na partida, anulando dois gols legais de Giovanni dos Santos, camisa 10 mexicano. Mesmo assim, Peralta marcou e decidiu para os latinos, que venceram e colam no Brasil na liderança do grupo. Informações e comentários abaixo.

O estádio das Dunas não estava 100% preparado para receber uma partida de copa. A forte chuva, presente no jogo todo, explicitou falhas na arena como goteiras. Sobre a partida de futebol, a seleção mexicana foi mais forte no primeiro tempo. A maioria das jogadas eram criadas pelo lado esquerdo do ataque e era o setor mais fraco dos africanos. Desse lado, saiu o gol de Giovanni que completou cruzamento com um belo chute, porém, o bandeira marcou impedimento. Jogada era legal, erro de arbitragem. Após esse susto, o time de Eto’o e companhia saíram um pouco mais para o ataque e acabaram desperdiçando dois bons ataques. O primeiro foi quando Ekotto fez boa jogada pela esquerda e entregou para Eto’o bater de esquerda para fora. A segunda boa chance foi em um bate e rebate após cobrança de escanteio e a zaga mexicana afastou o perigo. Mas o bandeira decidiu aparecer de novo. O México voltava a assumir o controle da partida, teve um escanteio ao seu favor, a bola desvia em um defensor de Camarões e Giovanni desviou para o gol, e mais uma vez impedimento mal marcado. Os gols que foram mal anulados não atrapalharam o México que continuou com posse de bola e com um maior domínio do jogo.

No segundo tempo, os mexicanos continuaram procurando o gol. Logo aos dois minutos, Peralta recebeu bela bola de Giovanni e parou no goleirão Itandje. A resposta dos africanos foi numa cobrança de falta de Ekotto. A bola desviou na barreira e foi no contrapé de Ocha e a bola passou raspando a trave. Mas de tanto a arbitragem atrapalhar, uma hora do México achou o gol. Aos 15 minutos, Giovanni recebeu e chutou em cima do goleiro, e Peralta pegou o rebote e mandou para a rede, 1 a 0. O México pisou no freio após o gol; marcou muito bem e não deixou Eto’o mais ter chances de gol. O técnico Herrera mexeu no time e colocou Chicharito, do Manchester United. O atacante dos diabos vermelhos teve chance de ampliar, mas isolou quando estava livre na área. O jogo acabou assim e com muita vibração dos jogadores.

A segunda rodada do grupo A acontecerá na terça feira com Brasil contra México e a Croácia enfrentando Camarões. Os times do continente americano lideram a chave, ambos com três pontos.

Brasil vence de virada na abertura da copa

Não foi a melhor partida do camisa 10, mas ele foi decisivo para a vitória

Finalmente a Copa do Mundo começou; e o torneio começou com tudo que uma partida de futebol merece. Emoção, gol e polêmica. A seleção brasileira não fez uma partida brilhante, mas mostrou vontade e garra para virar o jogo e vencer por 3 a 1 com dois gols de Neymar e um de Oscar; pelo lado croata, Marcelo marcou contra. A torcida também deu show cantando o hino nacional até o final e apoiando a todo instante. Todos os comentários e informações sobre o jogo estão abaixo.

Vamos começar pelo começo. Uma bonita cerimonia de abertura, já houve melhores, mas bem bacana e bem ensaiado. Ponto negativo foi o playback horrível dos cantores. Na entrada dos times a campo, muitos jogadores que jogam no mesmo clube e um clima ameno no corredor. Modrić e Marcelo, Willian e Srna, Hernanes e Kovacic. O hino nacional foi um momento emocionante para jogadores, pois a torcida cantou junto com o time o hino nacional. Mas o começo de jogo não foi bom. Time nervoso e afoito que errava muitos passes e dava muito espaço para o contra ataque croata. Aos 11 minutos, ataque pela esquerda puxado por Olic que cruzou e Marcelo desviou para dentro do gol, 1 a 0. Curiosidade: foi a primeira vez que numa copa que o primeiro gol é contra. O gol mexeu com o Brasil e começou acertar os passes, mas jogadores como Paulinho e Dani Alves não entraram no jogo. Mas ainda havia espaços para os quadriculados. Olic quase ampliou em um cabeceio. Mas na mesmo arma que os europeus fizeram o gol, eles também tomaram. Contra ataque puxado por Oscar e, com sufoco, tocou para Neymar. Ele chutou colocado e empatou o jogo. O Brasil começou a dominar o jogo. Oscar e Neymar começaram a chamar o jogo e segurar mais a bola. Primeiro tempo acabou com a seleção com 65% de posse de bola e aplaudida.

No segundo tempo, o Brasil parecia que ia emplacar e apertar a turma de Luka Modrić. Não aconteceu isso. Oscar estava bem na partida, porém o resto alguns jogadores não acompanhavam, como Hulk e Fred. A Croácia começou a tocar bem a bola com Rakitic. O juiz até inventou uma bola na mão de Olic, que bateu no rosto. O atacante do Wolsfburg ia ficar livre na área. Falando em invenção da arbitragem, isso aconteceu aos 26 minutos. Fred recebeu dentro da área e se jogou para tentar cavar um pênalti, e a penalidade foi marcada. O camisa 10 cobrou e marcou o gol, 2 a 1. A partida mudou completamente e a Croácia foi para o ataque total. Apertou a zaga do Brasil, primeiramente com Modrić em chute de fora da área e Julio César defendeu. Os europeus emparam o jogo, mas a arbitragem marcou falta no goleiro brasileiro. Felipão foi mudando o time com o decorrer do jogo, colocando Hernanes, Bernard e Ramires nos lugares de Paulinho, Hulk e Neymar respectivamente. As alterações deram certo, e explicitou aos 46 minutos quando Ramires roubou a bola no meio campo e passou para Oscar, que só colocou no cantinho, 3 a 1 e vitória decretada.

A partida não foi brilhante, mas deixou claro que esse time tem fibra e vai buscar sempre o resultado. A arbitragem teve influencia direta no placar, mas acho que o Brasil venceria mesmo sem a penalidade. Próximo jogo da seleção será na terça-feira contra o México. A Croácia mostrou que é o favorito a segunda vaga do grupo.